O Brasil não conseguiu passar pela Itália e ficou com o vice-campeonato da Liga das Nações. As atuais campeãs europeias superaram as brasileiras por 3 sets a 0 (23/25; 22/25; e 22/25) para ficar com o título inédito. No fim das contas, o brilho de Egonu, uma das principais estrelas do vôlei mundial, falou mais alto, e a jovem seleção brasileira não encontrou resposta para o potente ataque italiano.
Como esperado, o grande nome da decisão foi a oposta Egonu, que terminou a partida com 21 pontos. Do lado brasileiro, o técnico Zé Roberto testou algumas formações diferentes para tentar encontrar o estilo de jogo, e quem terminou como a principal pontuadora foi Kisy, que teve 14 acertos.
Sem jogar tudo que poderia, a seleção brasileira encerra a campanha da VNL com a terceira medalha de prata consecutiva e segue sem um título de Liga das Nações.
Renovação que deu certo
Com uma seleção majoritariamente jovem, o técnico José Roberto Guimarães mostrou toda a experiência de um tricampeão olímpico. Com inteligência, testou as jogadoras na hora certa, deu rodagem a quem precisava e montou o time ideal para a fase eliminatória. As comandadas responderam à altura e agora voltam ao Brasil com o troféu inédito da VNL.
A medalha de prata não diminuiu o brilho da campanha brasileira. Das 20 convocadas por Zé Roberto, 13 são menores de 25 anos. Somente quatro, incluindo as duas levantadoras – Macris e Roberta – são maiores de 30. Um time jovem, mas muito competente.
O talento de veteranas como Gabi e Carol o torcedor brasileiro já conhece bem, mas jovens estrelas em ascensão brilharam vestindo a camisa verde e amarela pela primeira vez. Kisy, oposta que começou a última temporada na reserva do Gerdau Minas, foi uma das principais atacantes da competição. Outra aposta, Júlia Bergmann, de 21 anos, trocou a possibilidade de jogar na elite da Superliga por uma carreira no voleibol universitário dos Estados Unidos, na Universidade de Georgia Tech. Bergmann começou a Liga das Nações como uma incógnita e terminou como uma certeza.
Júlia Kudiess, Diana, Lorena, Natinha, Nyeme, Lorrayna são alguns dos outros nomes que ficaram marcados como o futuro do vôlei brasileiro.
Com moral, a seleção feminina agora volta para o Brasil para iniciar a preparação visando o Campeonato Mundial, que será disputado entre 23 de setembro e 16 de outubro, na Holanda e na Polônia.