Bolsonaro discursou para apoiadores e aliados no domingo (21) em Copacabana, no Rio de Janeiro. Durante o discurso, o ex-presidente Jair Bolsonaro elogiou Elon Musk e defendeu a atuação do bilionário dono da Tesla e do antigo Twitter.
“Acusam, agora, o homem mais rico do mundo. O homem que nasceu na África do Sul, que foi naturalizado americano, que é dono de uma plataforma cujo objetivo é fazer com que o mundo todo seja livre. Que é o X. O nosso antigo Twitter. É um homem que realmente preza pela liberdade de todos nós. É o homem que teve a coragem de mostrar, já com algumas provas, outras virão com toda a certeza, para onde a nossa democracia estava indo. O quanto de liberdade nós já perdemos”, disse Bolsonaro.
Alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal que investiga a existência de milícias digitais, Musk tem criticado publicamente o ministro Alexandre de Moraes e ameaçado descumprir determinações da Corte de manter contas bloqueadas no X.
No discurso, Bolsonaro também fez críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O que fizemos ao longo dos 4 anos, que grande parte da mídia tradicional não mostrou. Quando se muda um governo, o que se pensa? É igual quando muda um técnico de futebol. Espera um time melhor. Dá pra comparar esses 38 ministros de Lula com os 23 de Bolsonaro?”, questionou.
Bolsonaro e os organizadores afirmaram que o ato na praia de Copacabana tinha como objetivo defender o direito à liberdade de expressão. Além das referências a Elon Musk, o ex-presidente repetiu o discurso feito na Avenida Paulista, em fevereiro.
Ele reforçou sua postura em relação à minuta do golpe e reiterou que sempre agiu dentro da legalidade.
“Nós nunca jogamos fora das quatro linhas. Completando aqui o Silas Malafaia. Minuta de golpe. Alguém já viu essa minuta de golpe? Imprensa já viu a minuta de golpe? Por que não? Quando se fala em estado de sítio, é uma proposta que o presidente, dentro de suas atribuições constitucionais, pode submeter ao Parlamento brasileiro. O presidente não emite decreto algum, apenas o faz depois que o Parlamento dá o aval”, explicou.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro não divulgou dados sobre a quantidade de pessoas presentes na manifestação. A CNN aguarda a divulgação dos dados do Monitor do Debate Político do Meio Digital da USP, que fará um estudo para estimar o público presente no evento do último domingo (21).
Questionado pela CNN, o STF informou que não irá se manifestar sobre o assunto.