Senador Omar Aziz. Foto: Divulgação
O presidente da CPI da Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM), voltou a cobrar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que se posicione sobre a acusação do deputado Luis Miranda (DEM-DF) de suposto envolvimento do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), nas irregularidades do contrato de compra da Covaxin.
“Não foi a CPI quem acusou o Ricardo Barros, quem acusou foi o presidente Bolsonaro, segundo o deputado Luis Miranda. Ele [Bolsonaro] não consegue falar contra o deputado Luis Miranda”, disse.
O presidente do colegiado afirmou que o chefe do Executivo trata “os verdadeiros bandidos como anjos”. “Sempre ávido em desqualificar a CPI, trata a gente como bandidos, mas os verdadeiros bandidos que estão no governo ele trata como anjo”, defendeu.
O senador voltou a falar sobre a existência de um suposto dossiê de Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, com informações sigilosas sobre tratativas suspeitas dentro da pasta. “Tem um dossiê com Ronaldo Dias [primo do ex-servidor] na Europa”.
Segundo Aziz, o silêncio de Bolsonaro com as denúncias de cobrança de propina pelo então servidor da pasta evidenciam que a denúncia é verdadeira. Dias foi acusado por representante da Davati Medical Supply de superfaturar o preço de 400 milhões de doses da AstraZeneca para obter vantagem financeira.
“Vocês acham que se eles [governo] não tivessem receio do Roberto Dias teria toda aquela correria da base do governo para proteger o Roberto Dias?”, indagou a jornalistas. “Não é só porque temos provas, as atitudes demonstram isso”, prosseguiu.