De janeiro até fevereiro, há um aumento acentuado do consumo de água – Foto: José Aldenir / Agora RN
As recentes ondas de calor e a chegada do verão, conhecida por ser a estação mais quente do ano, provocaram um aumento na demanda por água no Rio Grande do Norte e na região Nordeste como um todo. Segundo o Sindicato das Indústrias de cervejas, refrigerantes, águas minerais e bebidas em geral do RN (Sicramirn), neste período o crescimento no consumo varia de 12 a 18%.
Para Joafran Nobre, presidente do Sicramirn, o setor de bebidas do Rio Grande do Norte nesta estação climática tem uma sazonalidade já histórica. Nos períodos onde existe maior incidência de calor, como no final do ano, a partir de outubro, novembro e dezembro, e início de um novo ano, de janeiro até fevereiro, há um aumento acentuado do consumo não só de água mineral, mas também de refrigerantes.
“Existe realmente um incremento, ele não é muito significativo, mas chega de 12 até 18%. Existe realmente um aumento e a incidência de calor, o que aumenta o consumo das bebidas.”, disse Nobre.
Djalma Júnior, diretor da produtora de água mineral Cristalina, também explicou ao AGORA RN que além do verão ser um momento de aumento natural na demanda, esse ano “há uma situação favorável em relação ao consumo, pois estamos com um grau a mais do que o normal”.
Ainda de acordo com o Sicramirn, nos períodos onde há uma grande incidência de chuvas, existe uma diminuição considerada natural do consumo de águas minerais e de refrigerantes. Conforme o sindicato, este comportamento já é considerado histórico dentro do ano no estado do Rio Grande do Norte. O encolhimento do mercado de bebidas no estado chega a alcançar queda de 30% a 35% em comparação a outros períodos.
Segundo Nobre, o Nordeste, por ter um clima mais quente, tem um acréscimo significativo da demanda. O que mostra um comportamento diferente em relação a outras regiões do país, como o Norte e Centro-Oeste, em que também existem temperaturas elevadas e que a demanda se comporta da mesma maneira, conforme esclareceu o presidente do Sicramirn.
“Eu acho que a demanda é proporcional à população e às condições climáticas de cada região. É claro que numa região mais quente, a demanda por líquidos, pela hidratação, é mais natural e ela acontece de forma mais incidente”, reforçou.
De acordo com o diretor da empresa Cristalina, Djalma Júnior, o Nordeste por ser uma região de verão intenso, nessa época do ano acontece um incremento natural, porém a região ainda fica atrás do Sudeste quanto ao consumo per capita.
“Com as mudanças climáticas, o Brasil, como um todo, tem passado por temperaturas altíssimas, então não é só o Nordeste que possui, todo o país tem passado por situações de clima extremo, então isso faz com que realmente a demanda aumente em função dessas altas temperaturas.”, finalizou Joafran Nobre.