A grama do estádio Pedro Alves do Nascimento, palco da partida entre Patrocinense e Atlético na quarta-feira (24) incomodou a diretoria alvinegra, mas os donos da casa discordam. A reportagem de O Tempo Sports conversou com o presidente do Patrocinense, Ronaldo Corrêa, que explicou o corte do gramado e ainda classificou a reação do clube alvinegro como exagerada.
Antes do fim da partida, o Galo já havia reclamado da grama alta do estádio da estreia. O Atlético acredita que o Patrocinense teria deixado o campo naquelas condições de propósito, como forma de prejudicar o jogo adversário. A versão foi negada pelo presidente do clube.
“Nós cortamos a grama aqui na sexta-feira e era para cortar novamente na segunda. Choveu segunda, choveu terça muito e quarta também. Qualquer cidadão sabe que, se colocar a máquina para cortar o campo úmido, eu vou prejudicar o campo. O gramado, você pode vir aqui e medir, estava dentro dos parâmetros normais”, explicou o presidente do Patrocinense, Ronaldo Corrêa à equipe de O Tempo Sports.
Ó Atlético promete fazer uma reclamação formal à Federação Mineira de Futebol (FMF), que se comprometeu, antes do início do campeonato, a ajudar no cuidado e fiscalização das condições dos campos das equipes. A reportagem questionou a FMF sobre o assunto e aguarda retorno.
Já o Patrocinense diz que nunca recebeu qualquer orientação sobre qual altura a grama deve ser cortada para a realização de uma partida.
“O gramado que nós ganhamos foi o mesmo gramado que o Atlético perdeu. Na hora que a federação falar: ‘a medida da grama tem que ser dois centímetros’, certo. Na hora que vier isso, nós estamos dispostos a cumprir aquilo que vier de acordo com a Conmebol, de acordo com a FIFA, de manter aquilo que é determinado pelas autoridades máximas do futebol”, afirmou.
Na tentativa de evitar mais polêmicas, o presidente do Patrocinense afirmou que comunicou à federação a insatisfação diante das reclamações sobre o gramado. O mandatário ainda reafirma que não deve haver punição ao clube, tendo em vista a falta de orientação sobre o corte da grama.
“Eu demonstrei minha insatisfação com acusações que vieram do Atlético. Eu pedi que me orientasse, eu não quero desrespeitar a hierarquia. E não cabe punição nenhuma, eu não quero aqui ficar alimentando e comentando coisa que não vai construir nada para nossa equipe”, disse.