Na capital paranaense para acompanharem a final da Copa do Brasil, torcedores do Galo querem passar despercebidos na Arena da Baixada
Athletico-PR e Atlético fazem nesta quarta-feira (15) a grande decisão da final da Copa do Brasil, na Arena da Baixada. Depois de vencer por 4 a 0 no Mineirão, o Galo chega bastante tranquilo para esse confronto, podendo até perder por três gols de diferença. Por conta da rivalidade entre as duas torcidas, alvinegros que vieram acompanhar o jogo em Curitiba, se organizam para passarem despercebidos na capital paranaense.
Na véspera da partida, enquanto o elenco atleticano treinava na Arena da Baixada, alguns torcedores do Galo passeavam no entorno do estádio, quando foram abordados por torcedores do Furacão e “convidados” a saírem de perto da arena. Para evitar confusão, os atleticanos pediram desculpas e se retiram. A segurança no entorno do estádio também orientou que os torcedores do Galo saíssem do local. O policiamento será reforçado na quarta, dia da partida.
De Conselheiro Lafaiete, no interior de Minas Gerais, Pablo Oliveira, de 29 anos, chegou em Curitiba na manhã desta terça-feira e fica até sexta para acompanhar a final e conhecer a cidade no Sul do país. O torcedor se preparou para o confronto desde que a data foi confirmada e conseguiu comprar um dos 2.100 ingressos disponíveis para a torcida visitante na arena. Pablo vai ficar entre os torcedores alvinegros, mas reforçará os cuidados na quarta.
“Amanhã venho de camisa neutra, levo a minha bem guardada. Dentro do estádio, coloco a camisa do Galo. Vou tentar passar pelas ruas mais tranquilas, para poder ficar sossegado. A gente não quer voltar com olho roxo, nada disso. A gente não quer confusão. Só queremos acompanhar o jogo. Não vamos vacilar”, disse o torcedor do Galo ao Super.FC.
Pablo e outros três colegas estavam passeando no entorno da Arena da Baixada para conhecerem o estádio quando foram abordados pelos athleticanos. O mineiro lamenta a recepção do adversário e afirma que o futebol vai além de qualquer rivalidade.
“Eu sinto tristeza. Não tem ninguém provocando. Não somos de torcida organizada. Não estamos caçando enfrentar. O nosso estádio é lindo, mas o deles também é. É maravilhoso. A gente admira a gestão. Sei que eles têm amizade com a torcida rival, mas o futebol é mais do que isso. O legal é ver o outro feliz. Eles estão tristes. Amanhã é clima de velório pra eles. Então eu entendo, mas futebol não é isso”, contou Pablo ao Super.FC.
—
O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.
Siga O TEMPO não o Facebook, não Twitter e não Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.