Rayssa Leal, Mayra Aguiar, Rebeca Andrade, Laura Pigossi e Luisa Stefani, os nomes que, até aqui, conquistaram feitos gigantes na edição do jogos japoneses
Com a participação de 49% de atletas mulheres, as Olimpíadas de Tóquio já se apresenta ao mundo como a edição de jogos olímpicos com a maior participação feminina da história e, no Time Brasil, elas estão sendo as responsáveis por quebrar recordes e mudar a história da delegação brasileira.
Dos 302 atletas que carregam as cores da seleção brasileira nessa edição, 140 são mulheres. Dos oito medalhistas, quatro são mulheres. Rayssa Leal, Mayra Aguiar, Rebeca Andrade e a dupla Laura Pigossi e Luisa Stefani. O mais incrível dentro dessas conquistas, é que todas elas trouxeram uma quebra de marcas e tabus do Brasil em jogos olímpicos, as tornando históricas.
A “Fadinha”, de apenas 13 anos, ao colocar a prata no peito se tornou a mais jovem medalhista olímpica do Brasil – o pódio do skate, coincidentemente, foi um dos mais novos da história, com apenas 42 anos ao todo. A judoca Mayra Aguiar, ao conquistar o bronze, se tornou a primeira mulher a ter três medalhas olímpicas em esporte individual em sequência – Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020.
Rebeca Andrade, prata no individual geral da ginástica artística feminina, e a dupla Laura Pigossi e Luisa Stefani, no tênis, foram as responsáveis por trazer ao país a primeira medalha para suas respectivas modalidades em Olimpíadas.
Mas não só isso, as histórias por trás das medalhas deixam tudo ainda mais importante. Mayra já enfrentou sete cirurgias ao longo da carreira. A última delas, uma lesão no ligamento cruzado do joelho e como resultado, 16 meses sem competir e uma necessidade de recuperação a tempo das Olímpiadas. Recuperou. Veio e venceu cinco das seis lutas que disputou e levou o bronze como coroação.
Assim como Rebeca, que já acumula três lesões graves no joelho, e, aos 22 anos, chegou a pensar em desistir de competir. A mãe da atleta a empediu. Em Tóquio, Andrade chegou com a possibilidade de entregar sua melhor performance da carreira, até então. A brasileira não só cumpriu com o esperado, como emocionou o mundo ao som de “Baile de Favela” e se consagrou a segunda ginasta mais completa com a prata. E pode repetir o feito, no mínimo, mais uma vez.
Laura e Luisa não estavam participando da competição até uma semana antes da cerimônica de abertura. Inscritas na lista de espera da chave olímpica pelo gerente da Confederação Brasileira de Tênis, a dupla acabou no Japão por ter sobrado uma vaga de última hora. Sem perspectiva alguma de avanço, visto que elas nunca tinham jogado juntas profissionalmente antes como uma dupla, e pela classificação de ambas no ranking mundial, as tenistas supreenderam, venceram candidatas fortíssimas ao ouro e, no fim, coroaram uma trajetória corajosa.
E as mulheres não pretendem parar. E nem vão.
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