Artistas e técnicos residentes há anos no Forte do Barbalho decidiram criar o Instituto Forte e lançam entre 2 e 26 de agosto -um ciclo de 16 oficinas de formação sobre práticas e técnicas artísticas. Chamado de “Aulas Forte”, o projeto será transmitido gratuitamente no canal do Youtube do instituto.
A programação inclui aulas de artesanato, técnicas de grafite, chapelaria e mobiliário artesanal, miniatura, serralheria e pontos de solda, desenho Cenográfico, iluminação cênica, cenotecnia, serralheria artística, teatro e dança, rebú, desenho técnico e gravatas, medidas e perucas. De acordo com a organização, as aulas pretendem garantir uma aprendizagem que entenda a arte também como meio de produção e sobrevivência.
Com profissionais do próprio instituto (artistas e técnicos de espetáculos cênicos com habilidades específicas), o projeto promete encontros com Maurício Martins figurinista, maquiador e fundador do maior acervo de figurinos do Norte Nordeste – Ateliê Boca de Cena, Luciano Reis Santos, iluminador e coordenador de equipes de montagem de iluminação e sonorização, especialista em gestão cultural, João Teixeira, artista plástico e cenógrafo com grande experiência em treinamento de equipe para montagem cenográfica, Diógenes Neto, artista plástico, cenógrafo especializado em eventos e em pintura de arte e graffiti, dentre outros profissionais.
Instituto Forte
Fortaleza imperial e militar, o Forte do Barbalho – localizado na Rua Marechal Gabriel Botafogo, no Barbalho, na poligonal do Centro Antigo de Salvador, construído durante o século XVII com o intuito de defender Salvador da invasão holandesa – é também há quase duas décadas um espaço de construção artística que abriga profissionais de criação e execução das artes em distintas linguagens, – cenografia, figurino, maquiagem, iluminação, sonorização, adereçamento, atuação, grafite, dança, canto, serraria, artesanato, diretores teatrais, maquete, entre outros.
Os primeiros a chegarem foram o figurinista Maurício Martins, com o Acervo Boca de Cena em 2007, e cenógrafo e cenotécnico Gringo Freitas com o projeto Bahia Film Commission, do Governo do Estado da Bahia, criado para fomentar a arte cinematográfica e teatral no Forte do Barbalho. Em 14 anos, Maurício Martins conta que o Forte do Barbalho teve muitos gestores e mudanças de conceitos, mas que existe uma “batalha” para se manter no espaço e ter o reconhecimento do setor público e privado como polo de construção artística. “Somos profissionais que respiram arte o tempo todo, mesmo durante a pandemia com todos os distanciamentos.
Ao longo desses anos, por motivos diferentes, outros profissionais e empresas culturais se instalam transformando o Forte do Barbalho em um espaço de construção e também de memória das artes cênicas local. Após anos de ocupação artística, artistas e técnicos se articulam e criam o Instituto Forte (@institutoforte).
Confira a programação do curso:
I Semana
02/08 – (Seg) – Maria das Candeias – Artesanato
03/08 – (Ter) – Diógenes Neto – Grafite
04/08 (Qua) – Luciano Reis – Iluminação Cênica
08/05 (aqui) – Anderson Miranda – Cenotecnia
II semana
09/08 – (Seg) – Lícia – Chapelaria Artesanal
10/08 – (Ter) – Almiro – Serralheria Artística
11/08 – (Qua) – Maurício Martins – Gravatas, Medidas e Perucas
12/08 – (Qui) – Levi Santis – Desenho Técnico
III semana
16/08 – (Seg) – Rita – Rebú
17/08 – (Ter) – Léo – Miniatura
18/08 – (Qua) – Alan – Serralheria e Pontos de Solda
19/08 – (Qui) – João Teixeira – Desenho Cenográfico
IV semana
23/08 – (Seg) – Fábio Viana – Teatro
24/08 – (Ter) – Tatiana – Caderno Artesanal
25/08 – (Qua) – Will – Sombreamento no Grafite
26/08 – (Qui) – Gringo – Mobiliário Artesanal
.