O Instituto Anjos da Liberdade solicitou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na sexta-feira, 16, que o órgão fiscalize possíveis violações de direitos humanos na Penitenciária Federal de Mossoró, após a fuga de dois detentos na última quarta-feira, 14.
O instituto pediu que a fiscalização do CNJ seja acompanhada por técnicos do Comitê de Combate e Prevenção à Tortura e que possa ser realizada em todas as unidades prisionais federais. Também foi solicitada uma auditoria das condições de saúde mental e física dos detentos.
O instituto também informou ao CNJ que “gera desconfiança” a recusa de divulgação das imagens da fuga dos detentos Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento. O documento enviado ao órgão menciona “farsa” e “ocultação de evidências”, argumentando que violações de direitos podem ter ocorrido com Rogério e Deibson dentro da unidade.
O Instituto Anjos da Liberdade foi fundado pela advogada Flávia Fróes. Presidente da entidade, Fróes defende vários membros do Comando Vermelho e do Primeiro Comando da Capital.
Após a fuga dos detentos, que estão ligados ao Comando Vermelho, o Ministério da Justiça suspendeu o banho de sol e as visitas de advogados e familiares em todas as unidades prisionais federais. Além disso, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou um plano de construção de muralhas ao redor de todas as penitenciárias federais.