Entre as queixas estão propaganda enganosa, por não fornecer produtos ofertados, além de cancelar pedidos já feitos e de não cumprir os prazos de entrega
As compras coletivas pelo aplicativo Facily, que permite adquirir diversos produtos com preços mais acessíveis, entrou na mira do Procon de Minas Gerais nesta quinta-feira (30). O órgão, que é ligado ao Ministério Público (MPMG), informou que instaurou um procedimento para apurar as ações da empresa.
Isso porque, nos últimos dois meses, o Procon-MG recebeu mais de 70 reclamações de consumidores. Dentre as queixas mais frequentes estão a prática de propaganda enganosa, por não fornecer os produtos ofertados, além de cancelar pedidos feitos e de não cumprir os prazos de entrega. Com a investigação, o Procon-MG quer apurar se a empresa Facily está cumprindo o Código de Defesa do Consumidor.
O Procon de São Paulo também apura se o aplicativo está cumprindo as regras. Conforme o órgão paulista, em seus termos e condições de uso, a Facily se isenta de responsabilidade por eventuais problemas nos serviços prestados e não respeita o direito ao arrependimento, que prevê que o consumidor pode desistir da compra feita de forma remota dentro do prazo de sete dias e receber de volta o valor integral.
A Facily tem se tornado febre nos locais em que atua. A plataforma permite a compra de produtos de hortifruti, bebidas e acessórios para celular, entre outros, com descontos ao juntar um grupo de pessoas. A variedade e disponibilidade das ofertas variam de acordo com a localização do cliente. Comerciantes também podem vender no app.
Procurada pela reportagem de O Tempo, a empresa ainda não se manifestou.
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