O mês do aleitamento materno no Brasil foi instituído pela Lei nº 13.435, em abril de 2017, para determinar que, no decorrer do mês de agosto, serão intensificadas atividades de conscientização e esclarecimento sobre a importância da amamentação. A ação recebeu a cor dourada, em relação ao padrão ouro de qualidade do leite materno.
A professora do curso de Enfermagem da Estácio, Talita Adriano, afirma que esse é um alimento pronto que possui todos os componentes ideais, em quantidades suficientes para que a criança se desenvolva de forma saudável, e que o processo de amamentação promove uma interação profunda entre a mãe e o bebê.
“É uma ação que oferece muitos benefícios à saúde da criança, e também propicia uma melhor qualidade de vida, com grandes repercussões na saúde física e psíquica da mulher”, explica, enumerando consequências positivas para o “estado nutricional da criança, a habilidade de se defender de infecções, para a fisiologia e o desenvolvimento cognitivo e emocional.
O aleitamento materno é uma prática recomendada até os dois anos de vida, com exclusividade pelos primeiros seis meses pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo pesquisa publicada no periódico The Lancet, em 2016, a universalização do aleitamento exclusivo — ou seja, ter todas as crianças do mundo se alimentando somente com o leite materno no início da vida — poderia prevenir 823 mil mortes por ano entre meninos e meninas com menos de cinco anos de idade, além de evitar 20 mil mortes por câncer de mama anualmente.
A especialista destaca ainda que, para as gestantes, é importante que desde o pré-natal seja feito o esclarecimento de dúvidas em relação ao assunto.
“É importante obter orientações de modo a considerar as experiências prévias, mitos, crenças, medos, preocupações e fantasias relacionados com o aleitamento materno, assim como esclarecer as dúvidas quanto ao posicionamento, pega adequada e técnicas de ordenha manual, para as mulheres que vão retornar ao trabalho”, orienta.