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A temporada acabou para o Minas.
E quem diria: o vice-campeão mundial foi eliminado da Superliga pelo campeão paulista.
Acontece.
Deve ser mais uma das coincidências do esporte.
O último ato do time foi exatamente reflexo do Minas sob comando de Guilherme Novaes: desespero e uma autêntica salada em quadra.
Conforme o blog antecipou, os jogadores não aguentaram a pressão e sucumbiram em Guarulhos. Alguns se esconderam, enquanto outros saíram de cena despercebidos alinhados aos métodos do técnico.
A falta de critério e as escolhas precipitadas da comissão técnica foram escancaradas no jogo 3 da série.
O entra e sai interminável de centrais, opostos e ponteiros, passando pelos levantadores, foi simplesmente a marca registrada da gestão de Guilherme Novaes como treinador e chancelada pela direção do clube.
Um grupo perdido, sem liderança e confiança.
Não poderia dar certo.
O Minas segue na fila, 17 anos, e coleciona mais um fracasso.
O que começa errado, acaba errado.
Os envolvidos deveriam ter a humildade de reconhecer o erro ao traírem Nery Tambeiro na temporada passada.
Mas não.
E não seja incoerente consigo mesmo e não exija respeito quando não souber se respeitar.
Além de não reconhecerem o erro, acharam que estavam no caminho certo depois do mentiroso vice-campeonato mundial na Índia.
Haja ilusão.
E não satisfeitos, responsabilizaram publicamente Murilo Radke pelos frustrantes resultados.
O Minas de hoje não é sombra do Minas do passado.
A ética passa longe, dentro e fora de quadra.
A conta, inevitavelmente, chega. E quando a conta chega, não adianta pedir fiado.
Guarulhos não aceita.
Nem Guarulhos, nem ninguém.
É aquilo: a arrogância pelo conhecimento é pior que a ignorância.