Meus amigos e minhas amigas, depois que a ginasta Simone Biles anunciou sua desistência em continuar disputando uma medalha em Tóquio, comecei a questionar a vida nos dias atuais.
Já percebeu como somos cobrados o tempo inteiro?
Se você começa a trabalhar, cobram produtividade e pontualidade, coisas que muitas vezes não são feitas por quem deveria dar o primeiro exemplo.
Quando você presta um vestibular ou um concurso, a primeira pergunta a ser feita pelos familiares é: “E aí, como foi lá?”.
Começou a namorar, os amigos já cobram: quando será o noivado? E o casamento? Terão filhos ou não? Prefere menino ou menina?
Em um momento de distração ou um vacilo no trânsito, o outro motorista buzina e grita: “Tá cego? Não está me vendo aqui?”.
Em casa, quando o marido ou a esposa esquece alguma coisa, lá vem com outra pergunta: “Onde você está com a cabeça?”.
Você liga para um parente ou amigo, e lá vem o questionamento: já tomou a vacina? Vai tomar a segunda dose quando?
Na fila do caixa, atendente já lasca na sua cara: vai pagar com cartão ou dinheiro? Débito ou crédito?
Se a sogra convida para almoçar na casa dela no domingo, após a refeição, lá vem a danada da pergunta: “A comida estava boa? Você não falou nada…”.
Para irritar a sogra, o primeiro questionado pergunta: tem sobremesa, não?
Está saindo e, antes do beijinho de despedida, um pergunta ao outro: “Tá levando só uma máscara? E o álcool? Vai chegar que horas?”.
Se você é fotografado ao lado de um colega ou uma colega de trabalho, já questionam: tá pegando?
E pra terminar, a pergunta fatal: foi bom pra você?
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