O vôlei com conhecimento e independência jornalística
O conhecimento sem prática, não é conhecimento.
Metade do time que entrou em quadra pelo Fluminense já tinha passado por Osasco.
Amargas lembranças dos tempos da dedicada Pri Heldes, Camila Paracatu e Vanessa Junke.
Há uma diferença descomunal entre Osasco e Fluminense.
E essa diferença explica os bons números, por exemplo, de Vanessa. A camisa pesa.
O compromisso é basicamente o mesmo, a cobrança não.
O Fluminense não chega a ser Bauru, onde tanto faz ganhar ou perder, mas o grau de exigência não é igual dos times grandes.
O que impressiona a cada jogo, fora a conhecida pipocada, como no primeiro set, são as escolhas erradas da comissão técnica.
Por que insistir com Ariane?
O acaso é um momento em que a lógica da um cochilo. Sim, porque pela lógica Paula Mohr não seria usada na saída.
Ela é um exemplo de talento desperdiçado e mal aproveitado pelo Fluminense.
Já imaginou Paula jogando em time grande? E Pietra? Isso sem falar na versátil Elina.
Guilherme Schmitz resiste.
O conhecimento é que nem o mar onde tem pessoas flutuando e tem outras mergulhando profundamente.
Mas também tem algumas se afogando.
O conhecimento de causa deu a vitória ao time de Osasco.
Luizomar de Moura sabe exatamente o que tem nas mãos, o que é uma grande vantagem.
O técnico foi pontual nos pedidos de tempo, cirúrgico nas mudanças e quem foi chamada, casos de Kenya e Amanda, correspondeu.
A insistência com Giovana em determinadas passagens é que pode e deve ser questionada, mas se as centrais brilharam, o mérito também é da levantadora.
Osasco ficou na média, nem melhor, nem pior que Praia Clube e Flamengo que também deixaram um set pelo caminho contra o divertido Fluminense.
Mas ainda há reparos.
Osasco tem sido inconstante.
E o que é inconstante, é inseguro.