A fórmula de Bell para virar símbolo de devoção
Folião acompanha o cantor e bloco Camaleão há 37 anos, e aposta na energia e no carisma do ídolo
Publicado em 13 de fevereiro de 2024 às 16:59
Quando Bell Marques se aposentar, o empresário Antônio Ébano, 46, conhecido por Pereirinha, garante que também sai de cena. Foi do pai, falecido, que ele herdou o apelido, o amor pelo cantor e pelo Camaleão, bloco que acompanha desde os 11 anos.
Bell, que completa dez anos de carreira solo neste Carnaval, virou um símbolo de devoção que atravessa gerações. Na casa de Pereirinha, por exemplo, seus dois filhos, ainda crianças, são influenciados a curtirem, mesmo que longe da folia, o cantor.
Para Pereirinha, essa adoração é reflexo do carisma e da energia ídolo. “Quando ele passa, fala com todo mundo. É um carisma muito grande”, reflete.
Em quase 40 anos de Carnaval, Pereirinha já pediu até dinheiro emprestado para conseguir comprar todos os abadás do bloco Camaleão que chegam a custar R$ 1,2 mil e acompanhar o ídolo. “O camaleão é Bell e Bell é o camaleão”, acredita Pereirinha, cujo maior pesadelo é a aposentadoria do cantor. “Se ele se aposentar, me aposento do carnaval”.
O empresário acompanha Bell desde a época em que a Chiclete com Banana, banda em que o cantor fez história entre 1980 e 2014, era anfitriã do Camaleão. Com a separação da banda, Bell ocupou esse posto na agremiação. E Pereirinha o seguiu.
A história do empresário faz parte do especial “Eu amo meu carnaval”, produzido pelo CORREIO. Diariamente, desde a última quarta-feira (7), o jornal publica, no Instagram, um episódio sobre pessoas que vivem diferentes carnavais dentro de uma só festa.
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