Depois de cinco horas do encerramento do Festival da Virada, o Parque dos Ventos já havia se transformado. No lugar onde estavam milhares de pessoas na noite de segunda-feira (1°), se via caixas de som, estruturas de ferro e fios espalhados pelo chão. Tudo para desarticular o que foi, de acordo com a Empresa de Turismo de Salvador (Saltur), a maior estrutura da história do festival.
Segundo a Saltur, foram cerca de mil ambulantes cadastrados e mais de cinco mil empregos gerados de forma direta para essa edição do festival. Só no palco, uma centena de pessoas trabalhavam para lidar com a diversidade de elementos que deram som, cor e vida à festa. “Tem aparelho de som, iluminação e essa estrutura toda de Led. São mais de 100 homens trabalhando para desmontar o palco. Isso sem contar o pessoal que trabalha com as outras partes do local”, conta Vagner Silva, 38 anos, que trabalha em uma das fornecedoras da festa.
Os aparelhos são todos de empresas locais, de acordo com a Saltur. E os funcionários destas apontam que, talvez, seja preciso ter o mesmo número de dias da festa para desmontar a estrutura. “Se brincar, é a mesma quantidade de dias do festival. Pode chegar a cinco porque é muita coisa e de várias empresas diferentes. Cada uma vai tirando o seu material”, conta o funcionário de uma empresa de eventos, sem se identificar.
A demora não é à toa, já que se trata de uma estrutura que recebeu mais de 2 milhões de pessoas em cinco dias, começando na última quinta-feira (28) e terminando na segunda. Foram mais de 100 horas de música e mais de 100 apresentações na Arena Daniela Mercury, na orla da Boca do Rio.
Nesta edição, o festival contou com quatro palcos: Palco Virada, Super Trio da Virada, Brisa Divas e Escalada Eletrônica. Além disso, teve espaços para brinquedos, Arena Gamer, feirinha e área de fast-food. Para o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, o balanço da festa é positivo.
“Diante de toda a infraestrutura de serviços públicos que a gente buscou oferecer para a população, todos eles estão com recorde de atendimento, os indicadores relacionados à segurança pública em declínio, todo o trabalho também de assistência prestado pelos órgãos também com indicadores significativos”, avaliou.
O auxiliar administrativo Gabriel Fontes, 29, é morador da Boca do Rio e foi até a Arena Daniela Mercury acompanhar as apresentações do festival. “Eu fui em dois dias. As atrações não deixaram a desejar, nesse ano teve show para todos os públicos. O bairro ficou bastante movimentado com ambulantes e turistas”, contou.
O Projeto de cobertura Virada Salvador é uma realização do Jornal Correio com apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador.