As pesquisas eleitorais são muito tradicionais, mas devem ser feitas de forma séria/ Créditos: Reprodução
À medida que a eleição se aproxima, se proliferam institutos de pesquisa. Tem para todos os gostos – e bolsos. O eleitor que consome os resultados precisa ter cuidado e se valer de uma análise comparativa apurada para ter um panorama mais preciso do cenário eleitoral, não caindo, assim, na armadilha de quem manipula a realidade em favor dos seus interesses.
Há institutos no Rio Grande do Norte, ligados a empresas sérias de comunicação, que têm apresentado resultados mais condizentes com a realidade, tanto na disputa para o governo do Estado, como também nos pleitos para Senado e Presidência da República. Mas há outros que, em decorrência de suas ligações políticas, extrapolam e divulgam cenários irreais para fortalecer estratégias de marketing de candidatos – numa prática desconectada do interesse público.
O Grupo Agora RN fundou o Exatus, um instituto sério que nasceu com a marca da credibilidade – especialmente por estar ligado ao jornal AGORA RN, que está consolidado como um dos principais veículos de comunicação do Estado. O instituto Exatus, diferentemente de outras empresas na área de pesquisas, não trabalha para campanhas nem equipes de marketing, o que garante a realização de levantamentos neutros, apartidários e independentes.
Dentro da análise comparativa, há outros institutos que apresentam resultados que se aproximam das medições do Exatus – que ontem trouxe números da corrida eleitoral e mostrou que, no caso da disputa para o governo, Fátima Bezerra (PT) segue com intenções de voto suficientes para vencer no 1º turno.
Resultados semelhantes foram divulgados nas últimas semanas pelos institutos DataVero (contratado pela 98 FM), Real Time Big Data (contratado pela TV Tropical), Sensatus (contratado pela TV Band) e Seta (que tem realizado pesquisas com recursos próprios). Todos eles apontaram para um cenário como o trazido pela Exatus.
Na contramão disso, pesquisas dos institutos Brâmane e Brasmarket (em parceria com o Blog do BG) e Item (contratado pela rádio Cidade) apontam para um cenário completamente diferente. Números desses dois institutos mostram um quadro fora da realidade – como um impensável 2º turno na disputa para o governo. Ou, no caso do Senado, uma disputa mais acirrada entre Carlos Eduardo Alves (PDT) e Rogério Marinho (PL), quando as outras pesquisas mostram liderança consolidada de Carlos Eduardo. Para presidente, houve instituto que chegou a dar um risível Jair Bolsonaro (PL) à frente de Lula (PT).
Este AGORA RN tem defendido seriedade na condução das pesquisas, sob o risco de os próprios institutos colocarem a perder a credibilidade do trabalho estatístico.
É preciso descartar aqueles institutos que trabalham para grupos de marketing, alçando determinados pré-candidatos a posições que, na realidade, eles não ocupam. Manipulação política não cabe.