Em janeiro de 2024, Sérgio Coelho, reeleito na terça-feira (12)começa mais três anos de gestão como presidente do Atlético com uma característica diferente: a SAF. O próximo ano será o primeiro “do zero” como clube-empresa, o que promete trazer mais organização para o Galo fora de campo e, consequentemente, gerar bons resultados dentro das quatro linhas.
O Atlético vendeu 75% das ações para a Galo Holding com o discurso de “vida ou morte”, de que era necessário a transformação para tirar o clube do vermelho. A dívida alvinegra chegou a quase R$2 bilhões em 2023 e, diante deste cenário, Sérgio, aliado da SAF, terá mais três anos cruciais pela frente.
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Com mais autonomia, a promessa é de que Sérgio Coelho não seja apenas um presidente de “clube de lazer”, como acontece em outras SAFs do Brasil. O mandatário vai participar do dia a dia do futebol do Atléticotanto que é o presidente do Comitê de Futebol, montado pela gestão acionista.
Mas o controle, de fato, será feito pela Galo Holding, que assumiu as dívidas do Atlético quando comprou as ações do clube e, até por isso, precisará ter uma gestão mais consciente, enxugando os gastos. Dessa forma, os próximos três anos serão cruciais para determinar o sucesso da transição do Galo para um modelo de negócios mais equilibrado.
Oposição no Atlético
A ausência de uma oposição no cenário político do clube preocupa parte da torcida, que teme a forma como as decisões serão tomadas daqui para frente. Apesar disso, o presidente Sérgio Coelho garante a integridade do grupo de empresários por trás da SAF alvinegra.
“Aqui no Atlético a gente é muito fiscalizado. As nossas contas são aprovadas pela auditoria e a gente fica muito tranquilo, porque queremos fazer as coisas certas. A auditoria durante esses anos mostrou que esse grupo de gestores fez as coisas corretamente, sem nenhuma suspeita de qualquer desonestidade, de desvio de algum valor do patrimônio, ou parte do patrimônio. Então as coisas são feitas muito certinhas e acho que nem precisa de uma oposição cobrar porque nós mesmos nos cobramos muito”, disse o presidente.